Conheça a história de Santa Luzia


A história do município originou-se com aventureiros que em busca de riquezas, descobriram Santa Luzia. Tudo começou, em 1692, durante o ciclo do ouro. Uma expedição dos remanescentes da bandeira de Borba Gato implantou o primeiro núcleo da Vila, as margens do rio das Velhas, no garimpo de ouro de aluvião. Com a enchente do rio, o pequeno vilarejo mudou-se para o alto da colina, onde, hoje, é o Centro Histórico da cidade. Em 1697, ergueu-se o definitivo povoado, que recebeu o nome de Bom Retiro. Mais de 150 anos depois, em 1856, o povoado foi emancipado e desmembrado de Sabará e a partir de 1924, passou a se chamar Santa Luzia.

Com o fim da exploração do ouro, Santa Luzia tornou-se um importante centro comercial, ponto de parada dos tropeiros que vinham negociar e comprar mercadorias. Na rua do Comércio, no bairro da Ponte, existia um porto para os barcos que navegavam pelo Rio das Velhas, transportando mercadorias comercializadas em Minas Gerais. Assim, Santa Luzia passa a ser um ponto de referência do comércio, cultura e arte. O Distrito de São Benedito, na década de 50, começou a ser povoado. Mais tarde foram construídos, no local, grandes conjuntos habitacionais o Cristina e o Palmital e ocorreu a expansão do comércio.


O Município de Santa Luzia é um dos mais antigos de Minas Gerais: são mais de três séculos de história. Em 18 de março de 1692, durante o ciclo do ouro, remanescentes da bandeira de Borba fundaram o primeiro núcleo da vila que deu origem a cidade de Santa Luzia. Em 1842, Santa Luzia foi palco da batalha final da Revolução Liberal, entre as tropas de Duque de Caxias (Governista) e de Teófilo Otoni (liberalista), que defendia a descentralizção do poder e a autonomia das províncias. Assim formou Santa Luzia, com a riqueza proporcionada pelo ouro e mais de três séculos de história e cultura. A Rua Direita, o estilo barroco esta presente nos casarios do Centro Histórico da Cidade. 

    O Santuário da Igreja Matriz de Santa Luzia, concluído em 1778, abrigam em seu interior pinturas do Mestre Ataíde e pequenas obras de Aleijadinho e o Museu de Artes Sacras, inaugurado recentemente. A Igreja do Rosário erguida em 1755 pelos negros, tem o seu interior simples, com altares dedicados, à Nossa Senhora do Rosário, Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Dores, hoje totalmente restaurada. O antigo solar de Juli foi o quartel general de Teófilo Otoni e cenário de combate contra Duque de Caxias, no ano de 1842, hoje Casa da Cultura, abrigando peças de inestimável valor histórico. 

    O solar da Baronesa é a maior residência em estilo barroco da nossa cidade, ele foi construído pelo primeiro marido da Baronesa Maria Alexandrina de Almeida em 1845, no solar foram feitas inúmeras festa, entre elas, a visita do Imperador D. Pedro II, em 1881, que era padrinho de batismo da Baronesa.O Muro de Pedras foi o derradeiro campo de batalha entre as tropas de Teófilo Otoni e Duque de Caxias na Revolução Liberal de 1842. 

    Há 12 km do Centro Histórico encontara-se o Mosteiro de Macaúbas, construído em meados de 1708 foi, o primeiro Colégio feminino de Minas Gerais, onde estudaram as filhas de Chica da Silva. A caminho da Rua Direita, encontra-se a Capela do Bonfim, em estilo barroco, construída em 1711, em seu interior abriga a imagem de Nosso Senhor do Bonfim, esculpida por um escravo, em troca da sua alforria.

Povoamento
Solar da Baronesa.Por volta de 1700 já havia registro da existência da povoação de Santa Luzia. Embora também tenha tido suas atividades de mineração, cedo se firmou como centro de indústrias rudimentares e como entreposto comercial, postado no rumo entre Sabará e o distrito dos Diamantes. Hoje possui um pequeno núcleo histórico com algumas construções antigas do fim do século XVIII. Um registro de 1761 que pedia a elevação do arraial à categoria de vila, apresenta como credencial para tal o fato da localidade apresentar duas grandes igrejas, mais cinco nas cercanias. O arraial só conseguiu ir a vila 86 anos depois (1847), desmembrado de Sabará que então já era cidade. Foi aqui que se travou a batalha que pôs termo à famosa revolução liberal mineira de 1842, quando as tropas legalistas, comandadas pelo coronel Lima e Silva (futuro duque de Caxias) venceu Teófilo Otoni e seus parceiros.

Cidade imperial
O imperador D. Pedro II, em visita a Santa Luzia em 1881, ficou hospedado no Solar da Baronesa, um centro de referência social e cultural do século XVI, localizado na Rua Direita, no Centro Histórico. A visita foi registrada, pelo imperador, através de desenho de um trecho do centro histórico da cidade. Esse desenho foi a prova histórica que concedeu ao município o título de cidade imperial.


Padroeira da cidade
Conta a história, que um pescador chamado Leôncio, que tinha problemas na visão, observou um objeto brilhando no rio, enterrado na areia. Quando pegou era a imagem de Santa Luzia, a santa protetora dos olhos, e assim se deu o primeiro milagre da santa, já que na mesma hora ele volta a enxergar. A imagem foi levada para a primeira capela do arraial, tornando-se a padroeira do município. O Sargento-Mór Pacheco Ribeiro, que morava em Portugal, ao ficar cego, fez uma promessa a Santa Luzia das Minas Gerais, que se voltasse a enxergar viria para a cidade. Como recebeu o milagre, ele se mudou com suas três filhas para Santa Luzia e construiu o templo, onde hoje está a Igreja Matriz, localizada na Rua Direita, no Centro Histórico.

Um fato importante que marcou a história da cidade, foi a Revolução Liberal de 1842. O casarão, que abriga hoje a Casa da Cultura, antigo Solar Teixeira da Costa, foi o quartel-general dos revolucionários e ainda guarda as marcas de balas em suas janelas. A batalha final foi travada no Muro de Pedras, entre as tropas do revolucionário Teófilo Ottoni e do governista Duque de Caxias.

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Johnny Balla
Master BRs - Santa Luzia/MG
www.brazilriders.com.br