A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) analisou nove modelos de GPS automotivos, de marcas distintas, à venda no mercado brasileiro. De acordo com a associação, os aparelhos foram testados em laboratório e também em rotas urbanas. Segundo a entidade, o custo para atualizações, a dificuldade na hora de inserir rotas e a demora para calcular o caminho estão entre os principais problemas dos equipamentos pesquisados.
Durante o teste, os nove navegadores foram avaliados conforme os seguintes quesitos: tamanho e qualidade do display LCD (em polegadas), versatilidade, facilidade de uso, opções de destino, rapidez de cálculo de rota, instruções de voz e visuais, além dos mapas e da quantidade de pontos de interesse, entre outros. O único que contava com um mapa além do Brasil foi o Guia Quatro Rodas, que já vem de fábrica com o mapa da Argentina. Na avaliação do Proteste, outro fato que chamou a atenção foi que nenhum dos GPS testados possuía reconhecimento de voz para a inserção de rotas. Assim, é preciso digitá-las na tela, o que pode tirar a atenção do condutor.
Ao adquirir um GPS, os pontos de interesse (POIs) são fundamentais para que o motorista encontre com facilidade, por exemplo, um posto de gasolina para abastecer ou um caixa eletrônico para sacar dinheiro ou até um hospital. Conforme os critérios da pesquisa da Proteste, apenas o Guia Quatro Rodas foi considerado "bom".
Rotas. Para avaliar a rapidez do cálculo de rotas, a Proteste cronometrou o tempo que cada aparelho levou para apontar a rota mais curta e mais rápida para trechos curtos, médios e longos. Segundo a associação, o modelo mais lento foi o da Multilaser, que levou um minuto e meio para calcular uma rota longa.
O mais veloz na tarefa foi o GPS da Tele System, que gastou apenas 14 s. Na hora de apontar trechos curtos, os melhores foram Aquarius e Tele System, com apenas 1 s. E os piores foram Mio e Multilaser, com 8 e 9 s, respectivamente. O tempo para recalcular as rotas também foi medido pela Proteste. Os aparelhos How e Aquarius levaram 17 s para informar o novo caminho, enquanto o Airis foi o mais rápido, com 6 s. Os demais modelos levaram, em média, em torno de 10 s.
Todos os aparelhos testados se saíram bem quanto às opções de cálculo de rotas e na missão de traçar uma rota mesmo sem sinal. E a pronúncia dos guias de voz também foi boa em todos os aparelhos.
Instruções
Na tela. Em relação às instruções visuais, o GPS da Tele System foi o melhor, já que possui uma clara linha de curso, ou seja, as mãos de sentido único são grifadas com setas.
Confusão. O maior problema foi com o GPS Mio, que, além de não diferenciar ruas com vias paralelas, também informou, em um certo momento, que o condutor deveria virar à esquerda quando a instrução de voz dizia para entrar à direita.